terça-feira, 8 de julho de 2014

EXERCÍCIO – A Praça Publica, da peça Júlio César de William Shakespeare (CLC)

1 -A” divisão do povo” dá a oportunidade a Bruto de minimizar o aglomerado de cidadãos, manipulá-los e assim tornar mais eficiente o seu discurso e a sua defesa pelo ato praticado.
2 -Bruto pede aos cidadãos que acreditem na sua palavra, isto é, o que levou a matar César foi por amor a Pátria. As expressões utilizadas são; “Ouvi a exposição da minha causa e fazei silêncio” (ls. 10 e 11); “Julgai-me segundo a vossa sabedoria” (l. 12); (, “… não foi por menos César, mas por amar mais Roma…” (ls. 16 e 17); “Faço uma pausa para que respondam.” (l. 25)
2.1 - O modo verbal utilizado é o imperativo. Este justifica-se através do uso de expressões. Como: “ouvi, crede, julgai-me”. Pois expressa uma ordem ou um pedido.
3.1 – Bruto não sabe a reação que os cidadãos possam ter em relação ao assassinato de Júlio César por ser um ditador acarinhado pelo povo. Prefere jogar com as palavras, baralhando os sentimentos dos cidadãos que o ouviam em benefício próprio.
3.2 – Para não ser acusado de amigo traidor, Bruto justifica ter cometido o assassinato de Júlio César em nome da Pátria e manifestando a sua dor relativamente á morte do amigo, presenteando-o com as suas lágrimas e com a sua honra.
3.3 – Dirige ao auditório com estas perguntas de forma a confundir o povo  acusar de traição Júlio Cesar, e iliba-se do ato comedido, o assassinato.
3.4 – Bruto esperava que o povo ficasse do seu lado e glorificasse o seu ato, conseguindo tomar a atenção do povo e a sua compreensão.
4.1 – Bruto tinha a consciência que Marco António nutria um grande respeito, admiração e amizade por Júlio César, e certamente iria contestar a morte do Ditador. Aliciando-o com um cargo de poder na República, dissuadia-o da defesa e justiça pelo assassinato do ditador.
5.1- Bruto utiliza o estratagema do Patriotismo, convicção e sentimentalismo. Manifesta-se, dizendo aos cidadãos que o assassinado Júlio César seria benéfico para todos. Por outro lado, desvaloriza o assassinato do ditador com a sua lealdade na afirmação “assim como matei o meu melhor amigo, por amora Roma, assim também conservarei o mesmo punhal para mim próprio, quando minha Pátria necessitar que eu morra…”.
5.2 - Bruto quer dar a entender que lugares de cargos poderiam podem ser ocupados por quem fosse for leal à Pátria, e que aceitando o ato praticou, todos seriam cúmplices pela morte do ditador.
6.1- Marco António destrói as acusações, homenageando Júlio César, pelos seus feitos a favor de Roma, demostrando que este fora um anjo fiel, justo e que trouxera numerosos cativos para Roma que, com os regates, enchera os cofres do estado.
6.2- Marco António, utilizando a expressão “Bruto é muito honrado” pretende captar de forma atenta a atenção do povo, manifestando diversas vezes a mesma expressão, consegue q o povo não se desinteresse das alegações durante todo o seu discurso.
7 – Marco António cativa a audiência com a estratégia de os aliciar com a herança do ditador deixada por testamento. Está a usar a mesma estratégia de Bruto, mas de forma inteligente. A ganância pela riqueza leva a que os demais se desfoquem do principal objetivo e valorizem apenas o que está submetido no presente, o discurso de Marco António.
8- Marco António apercebe-se que ganhou o despique com Bruto, quando o povo se revolta e chama a Bruto e Cássio, de “ vilões, assassinos”. Através da sua destreza e inteligência, Marco António consegue reunir um círculo junto do corpo assassinado de Júlio César. “ … Sendo assim vinde em círculo postar-vos ao redor do cadáver, para que eu possa apontar-vos o autor do testamento”.
9. Quando Marco António, chegou junto ao povo, carregava consigo o corpo de Julio César bem como o pesar e luto. Nesse momento o povo estava em ira e revolta com a deslealdade do ditador, manifestada pelo discurso de Bruto. Só depois da sua palestra, (do discurso persuasivo e contraditório ao que fora apresentado por Bruto), Marco António captou a atenção e confiança do povo, conseguindo descer para junto dos cidadãos e estar de igual para igual.
10.1- Substantivos – ingrato; traição, anjo, golpe
          Adjetivos – invejoso, grosseiro, amaldiçoado, traidor
          Verbos – apunhala-lo, amava, chorais, partiu-se-lhe

10.2.1 – O objeto que simbolizava César era o Manto

10.2.2 – Júlio César era um homem de grande justiça e nobreza, o manto simbolizava o poder.       
A junção do homem com o manto conferia-lhe o poder máximo, o de Ditador.
Dando a merecida importância ao manto, sobre os ombros de quem o carregava de forma indireta e inteligente Marco António conseguiu manter a dignidade do ditador.

11.1 – Marco António pretende revoltar o povo, para que os mesmos se manifestem contras os assassinos de Júlio César.

12.1- Precisamente para que estes tomem o partido contrário, está a incuti-los para que se revoltem.

12.2 – Os excertos que caracterizam a ação, são “careço da eloquência de Bruto (…)”(l. 153); “… tinha o mérito de amar seu amigo (…)”(ls.154 e 155); “dizendo-vos apenas que todos sabeis, e ora vos mostro as feridas do vosso caro César “ (ls. 157 e 158).

12.3 – Comparando-se com Bruto.


13. Os discursos dos políticos são sempre muito apelativos, têm como objetivo manipular ou influenciar o povo, mesmo que depois não cumpram  a sua palavra. Estes discursos são trabalhados desde a roupa que vestem até à maneira como falam ao país. Estas técnicas ajudam o povo a ser mais recetivo à demagogia dos políticos.

14.1 - O que leva Bruto á perdição foi deixar que Marco António pudesse ficar a falar na tribuna e vai-se embora. Passa-se a citar o excerto que transcreve essa passagem “Peço por amar de mim fiqueis com António”, “Ninguém daqui se arrede até que Marco António haja falado”….

14.2 – O que se aponta aos políticos é essencialmente, que se desculpem uns aos outros, não assumindo os problemas e passam sempre a responsabilidade para os governantes seguintes.






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