1 -A” divisão do povo” dá a oportunidade a Bruto de minimizar o
aglomerado de cidadãos, manipulá-los e assim tornar mais eficiente o seu
discurso e a sua defesa pelo ato praticado.
2 -Bruto pede aos
cidadãos que acreditem na sua palavra, isto é, o que levou a matar César foi
por amor a Pátria. As expressões utilizadas são; “Ouvi a exposição da minha
causa e fazei silêncio” (ls. 10 e 11); “Julgai-me segundo
a vossa sabedoria” (l. 12); (, “… não foi por menos César, mas por amar mais
Roma…” (ls. 16 e 17); “Faço uma pausa para que respondam.” (l. 25)
2.1 - O modo verbal
utilizado é o imperativo. Este justifica-se através do uso de expressões. Como:
“ouvi, crede, julgai-me”. Pois
expressa uma ordem ou um pedido.
3.1 – Bruto não
sabe a reação que os cidadãos possam ter em relação ao assassinato de Júlio
César por ser um ditador acarinhado pelo povo. Prefere jogar com as palavras,
baralhando os sentimentos dos cidadãos que o ouviam em benefício próprio.
3.2 – Para não
ser acusado de amigo traidor, Bruto justifica ter cometido o assassinato de
Júlio César em nome da Pátria e manifestando a sua dor relativamente á morte do
amigo, presenteando-o com as suas lágrimas e com a sua honra.
3.3 – Dirige ao
auditório com estas perguntas de forma a confundir o povo acusar de traição Júlio Cesar, e iliba-se do
ato comedido, o assassinato.
3.4 – Bruto
esperava que o povo ficasse do seu lado e glorificasse o seu ato, conseguindo
tomar a atenção do povo e a sua compreensão.
4.1 – Bruto tinha
a consciência que Marco António nutria um grande respeito, admiração e amizade
por Júlio César, e certamente iria contestar a morte do Ditador. Aliciando-o
com um cargo de poder na República, dissuadia-o da defesa e justiça pelo
assassinato do ditador.
5.1- Bruto
utiliza o estratagema do Patriotismo, convicção e sentimentalismo.
Manifesta-se, dizendo aos cidadãos que o assassinado Júlio César seria benéfico
para todos. Por outro lado, desvaloriza o assassinato do ditador com a sua
lealdade na afirmação “assim como matei o meu melhor amigo, por amora Roma,
assim também conservarei o mesmo punhal para mim próprio, quando minha Pátria
necessitar que eu morra…”.
5.2 - Bruto quer
dar a entender que lugares de cargos poderiam podem ser ocupados por quem fosse
for leal à Pátria, e que aceitando o ato praticou, todos seriam cúmplices pela
morte do ditador.
6.1- Marco
António destrói as acusações, homenageando Júlio César, pelos seus feitos a
favor de Roma, demostrando que este fora um anjo fiel, justo e que trouxera
numerosos cativos para Roma que, com os regates, enchera os cofres do estado.
6.2- Marco António, utilizando a expressão “Bruto é muito honrado”
pretende captar de forma atenta a atenção do povo, manifestando diversas vezes
a mesma expressão, consegue q o povo não se desinteresse das alegações durante
todo o seu discurso.
7 – Marco António cativa a audiência com a estratégia de os aliciar
com a herança do ditador deixada por testamento. Está a usar a mesma estratégia
de Bruto, mas de forma inteligente. A ganância pela riqueza leva a que os
demais se desfoquem do principal objetivo e valorizem apenas o que está
submetido no presente, o discurso de Marco António.
8- Marco António apercebe-se que ganhou o despique com Bruto,
quando o povo se revolta e chama a Bruto e Cássio, de “ vilões, assassinos”. Através
da sua destreza e inteligência, Marco António consegue reunir um círculo junto
do corpo assassinado de Júlio César. “ … Sendo assim vinde em círculo
postar-vos ao redor do cadáver, para que eu possa apontar-vos o autor do
testamento”.
9. Quando Marco António, chegou junto ao povo, carregava consigo o
corpo de Julio César bem como o pesar e luto. Nesse momento o povo estava em
ira e revolta com a deslealdade do ditador, manifestada pelo discurso de Bruto.
Só depois da sua palestra, (do discurso persuasivo e contraditório ao que fora
apresentado por Bruto), Marco António captou a atenção e confiança do povo,
conseguindo descer para junto dos cidadãos e estar de igual para igual.
10.1- Substantivos – ingrato; traição,
anjo, golpe
Adjetivos – invejoso, grosseiro,
amaldiçoado, traidor
Verbos – apunhala-lo, amava, chorais,
partiu-se-lhe
10.2.1 – O objeto que simbolizava César
era o Manto
10.2.2 – Júlio César era um homem de
grande justiça e nobreza, o manto simbolizava o poder.
A junção do
homem com o manto conferia-lhe o poder máximo, o de Ditador.
Dando a
merecida importância ao manto, sobre os ombros de quem o carregava de forma
indireta e inteligente Marco António conseguiu manter a dignidade do ditador.
11.1 – Marco António pretende revoltar
o povo, para que os mesmos se manifestem contras os assassinos de Júlio César.
12.1- Precisamente para que estes tomem
o partido contrário, está a incuti-los para que se revoltem.
12.2 – Os excertos que caracterizam a ação,
são “careço da eloquência de Bruto (…)”(l. 153); “… tinha o mérito de amar seu
amigo (…)”(ls.154 e 155); “dizendo-vos apenas que todos sabeis, e ora vos
mostro as feridas do vosso caro César “ (ls. 157 e 158).
12.3 – Comparando-se com Bruto.
13. Os discursos dos políticos são
sempre muito apelativos, têm como objetivo manipular ou influenciar o povo, mesmo
que depois não cumpram a sua palavra.
Estes discursos são trabalhados desde a roupa que vestem até à maneira como
falam ao país. Estas técnicas ajudam o povo a ser mais recetivo à demagogia dos
políticos.
14.1 - O que leva Bruto á perdição foi
deixar que Marco António pudesse ficar a falar na tribuna e vai-se embora.
Passa-se a citar o excerto que transcreve essa passagem “Peço por amar de mim
fiqueis com António”, “Ninguém daqui se arrede até que Marco António haja
falado”….
14.2 – O que se aponta aos políticos é
essencialmente, que se desculpem uns aos outros, não assumindo os problemas e
passam sempre a responsabilidade para os governantes seguintes.
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