1.
Escolher
um grupo social minoritário.
Abordo as
pessoas com necessidades educativas especiais (pessoas portadoras de
deficiências físicas/motoras e mentais). As pessoas portadoras de deficiências
sempre foram alvo de tratamento diferenciado por parte das sociedades. Ainda é
um grupo social das nossas sociedades atuais que sofre uma forte discriminação
social, quer na inclusão de alunos com necessidades educativas especiais nas
escolas, na integração social do dia-a-dia promovendo o seu bem-estar, quer no
acesso ao emprego e na diminuição de apoios sociais do Estado na consequência
das medidas de austeridade impostas em Portugal desde de alguns anos a esta
parte.
2.
De
que maneira pode a educação na escola ser um instrumento de combate à
discriminação desse grupo.
A escola
tem como um dos objetivos criar um ambiente favorável de bem-estar, de harmonia
e de igualdade entre pessoas com necessidades educativas especiais e as
restantes pessoas que fazem parte do sistema educativo, sejam os professores,
os formadores, os alunos e auxiliares educativos.
Todo o
aluno que tenha limitações físicas/motoras, mentais, afetivas e sociais, as
escolas devem permitir a necessidade de adequar no seu processo educativo que
lhe permite sentir-se integrado numa escola regular, e para que isto se torne
possível as escolas têm que compreender e aceitar estas diferenças destes
alunos, para se organizarem no sentido de promover o sucesso destes mesmos,
sucesso que seja a nível escolar como pessoal. Esta forma de inclusão, pode
ajudar estas pessoas a partilhar com os seus restantes colegas o mesmo espaço
físico, e as atividades que são desenvolvidas são diferentes das que os
restantes colegas realizam, isto devido às suas limitações, mas mesmo assim, a
escola está a colaborar na integração destes alunos com os seus colegas de
forma a serem parte ativa de um grupo com os mesmos diretos e obrigações e
desenvolver hábitos e ritmos de trabalho de acordo com as suas limitações. Além
disto, é nestas idades mais jovens que a escola tem um papel importante na
sensibilização de incutir aos mais novos os valores éticos, tais como o
respeito pelos outros apesar das suas diferenças e limitações e fazê-los
compreender que estas pessoas com necessidades educativas especiais precisam de
ajudam de todos nós, para que tenham uma vida de bem-estar e harmoniosa de
acordo coma as suas limitações e que as diferenças não se acentuam em demasia.
A escola
representa uma amostra do que a sociedade é na realidade. A humanidade passou
ao longo da sua história por diversas fases na sua evolução no modo como tem
encarado as pessoas com necessidades educativas especiais. E a escola acompanha
esta evolução? Na minha opinião, ainda haverá muito para fazer.
3.
De
que forma pode a escola fomentar/desenvolver valores de respeito e
solidariedade entre identidades culturais distintas.
A grande
circulação de pessoas pelo mundo, especialmente para dentro da Europa, tem
vindo a sentir-se na integração dos jovens alunos recém-chegados às escolas.
Devido a
esta grande influência de alunos estrangeiros, as escolas não estão a conseguir
a enfrentar estes novos desafios, portanto a integração social destes alunos
não tem sido fácil, por consequência de falta de conhecimento da língua portuguesa
por parte destes alunos, e outros fatores de ordem cultural, social e
económicos. Para que estes factores de desigualdade diminuem, a escola deverá
proceder a uma integração harmoniosa e também aceitar a cultura de cada um. Os
alunos que convivem com outras crianças estrangeiras poderão desenvolver uma
nova mentalidade no sentido de aceitar e respeitar a cultura de outros povos.
A
multiculturalidade é um enriquecimento comum, porque todos nós temos a aprender
a cooperar, a conviver e a compreender os diferentes modos de vida de cada
povo, e criando uma escola para todos com objetivo da inclusão destas minorias.
Assim,
penso que a escola é um local de eleição para a convivência entre as diferentes
culturas, relacionando-se com a identidade, o respeito pelos outros e o bem
comum entre as partes, porque durante muitos anos existiu uma não-aceitação das
identidades culturais distintas, pois nas escolas havia apenas uma cultura
dominante.
Felizmente
que as mentalidades estão a mudar no sentido de uma convivência mais tolerante
entre diferentes culturas.
4.
Pode
a escola alterar os valores sociais?
Para dar
uma resposta concreta a esta questão, não é fácil. A escola tem a obrigação e o
direito de promover o bem-estar e respeitar os outros apesar das suas diferenças
culturais, sociais e económicas de acordo com a Constituição da República
Portuguesa e do ideal do espirito europeu, promovendo a paz, a democracia e o
bem-estar das populações, e a aceitação de outras culturas diferentes das
nossas.
Fazendo uma
comparação de alguns anos atrás para o presente, as mentalidades têm vindo a
alterar-se para uma melhor integração e aceitação do multiculturismo nas
escolas, por detrás disto tudo, tem vindo a ser realizado um trabalho de
sensibilização por parte dos professores, formadores, auxiliares de educação e
de políticas por parte dos governos de forma haver uma preocupação em
desenvolver programas de formação de professores que incluíssem um conjunto de políticas
de ensino e de trabalho nas salas de aula que pudessem inverter uma cultura de
tratamento à parte em vez de um tratamento mais justo e igualitário.
Assim, a
função da escola, na minha opinião, tem que ter uma abordagem inclusiva de
centrar a turma em vez do aluno, resolução de problemas em vez de um diagnóstico
pessoal e estratégias para os professores em vez de programas para os alunos.
Ainda
assim, há um longo caminho a percorrer.
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